Solidariedade, remédio para crise
Criação de arte exclusiva para o Colégio Gláucia Costa
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A pandemia, seguia, as polêmicas também e o isolamento social extremo se estendeu por quatro longos meses; nos diversos cantos do mundo a população teve sua vida revirada de ponta cabeça, e a humanidade teve que se reinventar nos limites do lar. Sob a tristeza de milhares de perdas, sem aulas, trabalho presencial, ou o encontro em bares, restaurantes, festas, shows, cinemas, ou teatros as cidades pararam e em consequência, a economia entrou em crise.
Assim, com essa tempestade lá fora, ou seja, com o comércio e os serviços fechados, os brasileiros mais uma vez se superaram e fizeram a economia girar com criatividade e muita esperança; as entregas em casa, ou o delivery impulsionaram os negócios, as compras pela internet se multiplicaram, e novos serviços surgiram a partir da nova realidade. Enfim, os brasileiros não fugiram a luta. Contudo, a maioria da população desfavorecida, vulnerável, que dependia exclusivamente das ruas para garantir o pão de cada dia, ficou completamente sem chão, desassistida. A partir daí, o Congresso Nacional provocou a viabilização de auxílios emergenciais, para socorrer essa parcela de brasileiros.
E a sociedade civil organizada, fez a sua parte e mostrou toda sua solidariedade, o que se tornou um grande trunfo contra a pandemia. Muitos voluntários se dispuseram a ajudar pessoas em estado de vulnerabilidade social, como idosos, e quem precisou de apoio psicológico. Com uma grande parcela de trabalhadores desempregados, e a margem da economia, a fome voltou com força total, e campanhas de doação e distribuição de alimentos, foram a salvação da lavoura de muita gente. Cidadãos comuns, empresas privadas, e diversas instituições se mobilizaram e contribuíram para enfrentar uma das maiores crises de saúde pública no Brasil e no mundo. Houve ainda a doação de produtos de higiene pessoal, máscaras, álcool em gel, oxigênio, e também consultas gratuitas; foram diversas as ações solidárias que se espalharam pelo país.
Durante o período mais crítico da pandemia, projetos sociais e Organizações Não Governamentais (ONGs), como a Central Única de Favelas (Cufa), Voz das Comunidades, Campanha Tem Gente com Fome, Casa do Rio, Abraço Campeão, Saúde Criança, e Amigos do Bem se destacaram na ajuda a milhares de brasileiros, por meio de ações solidárias. Todas elas continuam se mobilizando, e se utilizam das redes sociais, de plataformas digitais e de campanhas online, que impulsionaram a rede de solidariedade no país, em tempos de pandemia. E foi assim que brasileiros de todas as regiões multiplicaram empatia e responderam com generosidade ao chamado urgente da nação. Portanto, a solidariedade foi e continua sendo, um poderoso remédio para a crise.
Crônicas: ANGELY COSTA CRUZ
Professsora, Bibliotecária, Escritora, Pós-graduada
em Literatura, Estudos Culturais e Outras Linguagens